TARIFAÇO DE TRUMP

Continuamos na repercução ao pacote complementar do governo TRUMP dos Estados Unidos na sua trajetória de impor maior equilíbrio na carga tributária sobre os negócios entre o seu país e o resto do mundo.

TRUMP tem demonstrado estar completamente insatisfeito com a balança de tributos e taxas existentes atualmente entre os Estados Unidos e seus parceiros, no que tange aos negócios de importação/exportação e está buscando impor uma maior justiça recíproca, o que, diante do atual mapa de índices em vigor, parece estar certo e justo, já que sua proposta é impor cobranças que representem metade do que o resto do mundo já cobra sobre os produtos oriundos do Estados Unidos.

TRUMP não está nem aí para acordos bilaterais ou entre blocos de nações existentes ao redor do mundo, o que ao longo das últimas décadas vem sendo firmados e consolidando o processo de globalização, visando em seus objetivos extamente a eliminação de tarifas nos negócios de troca de mercadorias e serviços.

TRUMP caminha então na contarmão da tendencia? Não, eu não afirmaria que TRUMP está retroagindo no que diz respeito as parcerias internacionais, uma vez que sua visão é de colocar os Estados Unidos no caminho da reindustrialização, ou seja, inverter o processo que durante décadas transformou os Estados Unidos no paraiso dos importados. Um programa de substituição de importações implica em taxar os importados para beneficiar os produtos produzidos internamente.

TRUMP poderia ter utilizado sua política tributária interna e ao invés de taxar os produtos importados, reduzir os tributos sobre a produção interna, porém isso implicaria em abrir mão de receitas públicas, o que obrigaria seu governo a cortar gastos orçamentários, o que seria muito mais complexo para ser aprovado no âmbito da política interna.

Por outro lado, com a taxação sobre as importações, TRUMP está dando uma tacada de mestre, com duplo efeito, primeiro buscando um maior equilíbrio nas contas internacionais americanas, depois, com a cobrança de tributos sobre as importações, gerando uma estratosférica renda tributária extra, aliviando o grande deficit fiscal orçamentário, o que justifica plenamente sua ousadia e atitude.

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