Por que educação financeira é também um princípio cooperativista?

Com iniciativas como palestras, aulas em escolas e universidades, blog e programa de formação, Unicred atua para levar conhecimento e estimular decisões conscientes sobre o uso do dinheiro

CRICIÚMA – Dados do SPC Brasil apontam que oito em cada dez brasileiros não sabem como controlar as próprias despesas. Ainda assim, uma pesquisa do Serasa mostra que mesmo não sabendo como agir, as pessoas consideram importante ter conhecimento e educação financeira. Tanto é que 85% dos pais reconhecem a necessidade de preparar seus filhos para uma gestão financeira saudável desde cedo, conforme a mesma pesquisa.

O tema, apesar de importante, não está inserido na Base Nacional Comum Curricular. Mas, mesmo para as pessoas que não tiveram educação financeira desde criança, há dicas, cursos e ações que podem melhorar a relação com os recursos financeiros.

A Unicred Brasil, por exemplo, tem iniciativas como o Unicred.Edu, um programa de formação financeira e empreendedora que capacita jovens e adultos para uma vida financeira mais saudável, além de um blog com dicas sobre investimentos, planejamento e consumo consciente (https://unicred.com.br/blog/ ).

“Dentre os sete princípios cooperativistas, estão o Interesse pela Comunidade e Educação, Formação e Informação. Por isso, valorizamos e fomentamos a educação financeira, promovendo frequentemente palestras, campanhas e ações que auxiliem as pessoas a melhorar sua condição financeira, sejam cooperadas ou não”, destaca o presidente da Unicred, Marcos Aurélio Antunes Machado.

Entre as ações, estão a participação na Semana Nacional de Educação Financeira (Semana ENEF), concluída no último dia 18. “A semana é uma iniciativa nacional com o objetivo de promover ações de educação financeira com orientação para a sociedade. Nestes últimos dias, fizemos inúmeras palestras, compartilhando conhecimento e informação, inclusive sobre economia doméstica”, acrescenta Machado.

Uma das palestrantes nessa semana foi Vivien Aucar, gestora de Educação Financeira na Unicred do Brasil. Ela explica que a consciência e hábitos financeiros saudáveis impactam positivamente em nossa qualidade de vida integral. “O auto-conhecimento e a auto-responsabilidade são essenciais nesta jornada e sempre é tempo para aprender. Muita gente, por exemplo, não sabe nem quanto ganha e quanto gasta, e isso é básico”, alerta.

Vivien ainda lista cinco dicas para colocar em prática o mais breve possível.

1 – Planejamento financeiro: o primeiro passo para a liberdade

Segundo Vivien, planejamento financeiro não é cortar gastos, mas dar propósito ao dinheiro. “Antes de seguir qualquer tendência ou tomar uma decisão por impulso, é essencial organizar suas finanças e definir metas claras. Elas vão ajudar a pessoa a manter o propósito quando vier a vontade de desistir ou de fazer algum gasto que não estava previsto”, ensina.

Uma estratégia simples para equilibrar o orçamento, segundo Vivien, é aplicar a regra 50/15/35, separando 50% para gastos essenciais, como moradia, alimentação e transporte, por exemplo; 15% para prioridades financeiras, como investir e/ou quitar dívidas; 35% para manter o estilo de vida. “Nesse último entram aqueles gastos não essenciais, mas que te geram bem-estar. Não dá para viver imaginando que não se vá gastar nada com lazer, por exemplo. Mas tudo precisa de equilíbrio e quanto mais cedo você começar a planejar, menor será o esforço necessário para alcançar a independência financeira no futuro”, alerta.

2 – Poupar primeiro, gastar depois

Outra dica importante, segundo Vivien, é primeiro separar uma parte da renda para investir e depois utilizar o restante nos gastos. “A constância no hábito de poupança é fundamental”. Ela ainda lembra que mesmo pequenos valores, quando investidos com disciplina, crescem ao longo do tempo devido aos juros compostos.

3. Faça seu dinheiro trabalhar por você

Outra dica importante é fazer investimentos diversificados. Algumas opções acessíveis são Tesouro Direto, títulos privados, fundos de investimentos e previdência complementar. Também é importante lembrar que quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado, maior será o efeito dos juros compostos.

4. Cuidado com as decisões impulsivas

Outro alerta da gestora de Educação Financeira na Unicred do Brasil é com as ofertas constantes que chegam, principalmente, pelas redes sociais. “Todos nós somos constantemente bombardeados com ofertas de consumo. A sensação de que todo mundo está comprando ou de que a oferta vai acabar pode levar a gastos desnecessários”, lembra. Por isso, antes de adquirir algo, responda a estas três perguntas:

·       Preciso disso agora?

·       Tenho dinheiro para pagar sem comprometer meu orçamento?

·       Isso vai agregar valor à minha vida ou é apenas um desejo momentâneo?

5. Educação Financeira é o melhor investimento

A especialista ainda lembra que, diferente do que muita gente possa pensar, saber lidar com o dinheiro não é uma questão de sorte, mas sim de aprendizado e disciplina. Por isso, buscar informação e orientação é fundamental.

“Quem quer ter uma boa relação com o dinheiro e segurança financeira precisa saber que cada escolha feita hoje impacta diretamente no futuro. Seja organizando seu orçamento, evite gastos impulsivos e construa uma reserva de emergências. Cada pequeno passo faz a diferença”, alerta Vivien.

Sobre a Unicred Centro Sul

Fundada com a missão de fornecer serviços financeiros justos e acessíveis, a Unicred Centro Sul é uma das principais cooperativas de crédito no Brasil. Com uma trajetória de crescimento consistente, a cooperativa atualmente serve mais de 23 mil cooperados através de uma rede de agências espalhadas pelo Sul de Santa Catarina, Oeste do Paraná, Distrito Federal e Tocantins.

Como uma instituição financeira cooperativa, a Unicred Centro Sul se destaca pela sua governança participativa, na qual os cooperados são tanto os proprietários quanto os usuários dos serviços, tendo voz ativa nas decisões estratégicas. A cooperativa é reconhecida por sua abordagem centrada no cliente e pelo compromisso com o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades em que atua.

Fonte: Alfa Comunicação

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