O MITO DO EMPREENDEDOR- PARTE II

Olá, bem-vindo a mais uma edição da nossa coluna sobre Empreendedorismo!

Na semana passada, por sugestão de vocês, começamos a pauta sobre os Mitos do Empreendedorismo, em que, de forma geral, refletimos sobre dúvidas gerais como, por exemplo, se o empreendedor nasce pronto ou é formado, da necessidade ou não de ter muito dinheiro para empreender e se, de fato, o empreendedor não possui chefe!

Penso sempre que as ideias podem mudar o mundo, mas, apenas as ações criam e transformam realidades.

Na coluna de hoje, iremos continuar a conversar sobre os mitos do empreendedorismo com foco em questões relativas à existência ou não do momento perfeito para empreender, acreditar na sorte, dentre outros.  

Nunca esqueça que para o empreendedor, o importante é entrar em ação, pois empreender é transformar o medo em combustível.

Mas, e os mitos?

Bom, sobre existir ou não o momento perfeito para empreender, ele existe, sim, mas, não em relação a faixa etária/idade, mas, sim, ao preparo, estudo e conhecimento do mercado em que se pretende entrar, ou seja, a maturidade do que se pretende fazer, afinal, o mercado não espera, pois, enquanto você fica muito tempo no planejamento, sem entrar em ação, alguém mais rápido está agindo.

Sabemos que o perfeito é inimigo do feito, já que a história nos mostra que grandes negócios nasceram não de negócios perfeitos no seu início, mas, sim, de protótipos bons que foram ajustados ao longo do tempo para, assim, se tornarem excelentes.

E a sorte ?

Sobre o empreendedorismo ser ou não uma questão de sorte, tenha a certeza de que você, ao estudar e planejar um empreendimento, tem, em suas mãos, o poder de criar algo único!

O empreendedorismo real não é sobre ter sorte ou possuir um talento inato, mas sobre persistência, método e a capacidade de estudar, planejar e executar visões em realidade.

Acreditar que o sucesso do empreendedor é fruto exclusivo da sorte é um dos mitos mais perigosos – e desmotivadores – que existem, pois, ignora as milhares de horas de estudo, planejamento e execução, a superação de erros, as decisões estratégicas tomadas , dentre outros pontos.

Claro, que, eventualmente, a sorte pode até abrir uma porta ocasional, mas é a preparação anterior que a mantém aberta. Ao estudar a história, Steve Jobs não criou o iPhone por acaso; ele dominava design, tecnologia e visão de mercado, enquanto Elon Musk não transformou a Tesla em referência por obra do destino – foi com riscos calculados, falhas e persistência, pois, tenha sempre em mente de que no caso do seu plano “A” falhar, no alfabeto ainda tem mais 25 letras para você entrar em ação e ter sucesso.

Logo, a tal sorte do empreendedor, na verdade, é uma combinação de alguns fatores que podem, de certa forma, serem controláveis, dentre eles a junção da preparação com a oportunidade, pois a tal “sorte” favorece a mente preparada, o que, na prática, significa que quem estuda seu mercado e se adapta às mudanças “cria” sua própria sorte. Pense como um artista, trabalhe como um cientista!

A construção de uma rede de contatos, o popular networking, como resultado de relacionamentos construídos ao longo do tempo é outro fator que traz “sorte” ao ato de empreender.

Em suma, ser empreendedor não é roleta russa, é a criação de condições para que o “acaso” trabalhe a seu favor, pois, o que alguns chamam de sorte é, na verdade, capacidade de transformar desafios em vantagens.

Outra crença comum é acreditar que abrir um negócio significa ter horários flexíveis e viver sem pressões. Na realidade, sem processos bem definidos, com recursos alocados e pessoas capazes, o empreendedor pode acabar escravo da própria empresa, trabalhando mais do que como funcionário.

A verdadeira liberdade só vem quando o negócio opera de forma clara, com procedimentos e processos claros e equipe capacitada.

Não seja centralizador, o dono não deve fazer tudo sozinho. A ideia de que o empreendedor precisa ser multitarefa e controlar cada detalhe é um caminho para o burnout. O sucesso está em delegar e criar novos líderes, pois, quando empreendedor não consegue se afastar, o negócio não é sustentável.

Não bastam bons produtos e ou serviços para o negócio crescer. Mesmo que possuir uma oferta de qualidade seja importante, não é suficiente. Se faz necessário destacar estratégias de marketing, estruturar uma boa gestão financeira, capacitar pessoas, ter um bom atendimento ao cliente. O foco deve estar no modelo de negócio, não apenas no produto.

O “não” você já tem. Vá atrás do “sim”.  Sabemos que grandes riscos trazem grandes recompensas, logo, comece pequeno, mas comece.

Por fim, o Empreendedorismo é sobre fazer o comum de forma extraordinária, pois o  mercado não precisa de mais um, precisa de um diferente.

Espero que você goste ! Interaja conosco !

Até semana que vem.

Dr. Rafael Glavam

(48) 9. 9963 60 75

@rafaelglavam

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