Economia do Sul do Estado começa o ano aquecida

De sete indicadores analisados no Boletim de Conjuntura Econômica, disponibilizado pela Acic, cinco apresentaram variação positiva nos primeiros meses de 2025

CRICIÚMA – Dados oficiais mostram que a economia do Sul do Estado começou o ano aquecida. De sete indicadores analisados pelos economistas Leonardo Alonso Rodrigues e Alison Fiuza para a elaboração do Boletim de Conjuntura Econômica, disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), cinco apresentaram variação positiva nos primeiros meses de 2025.

Junto com o boletim, a Acic também divulga o Anuário Estatístico e Econômico de Criciúma, com indicadores estratégicos selecionados por temas, abrangendo demografia, economia, educação e inovação, desenvolvimento e assistência social, saúde, infraestrutura e habitação, gestão e finanças públicas e segurança pública.

As duas publicações estão disponíveis para consulta no site da entidade.  “Ter um conjunto de dados estratégicos, voltados para a nossa região, amplia a inteligência de mercado das empresas. Por essa razão, a Acic divulga esses e outros levantamentos qualificados de informações estratégicas e análise de especialistas”, expõe o presidente Franke Hobold.

Crescimento

No primeiro trimestre, a geração do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) na mesorregião registrou aumento de 7,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a variação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) manteve-se neutra no acumulado de janeiro a março, no comparativo com o primeiro trimestre de 2024.

Também com dados atualizados até março pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, as importações tiveram crescimento de 35,1% no Sul catarinense, quando comparadas ao volume importado nos três primeiros meses do ano anterior. Por outro lado, as exportações apresentaram variação negativa de 35,7% no mesmo comparativo.

Primeiro bimestre

Outro indicador a reforçar o aquecimento da economia sul-catarinense é o saldo de abertura de empresas. No primeiro bimestre, a variação ficou positiva em 45,3%, na comparação com o acumulado entre janeiro e fevereiro de 2024, acima da média estadual (40,2%).

O desempenho da mesorregião na geração de empregos formais foi ainda mais expressivo, diante do resultado conseguido pelo Estado. No primeiro bimestre deste ano, Santa Catarina registrou aumento de 1,3% no saldo entre contratações e demissões, comparado a igual período de 2024. Nesse mesmo comparativo, o crescimento no Sul do Estado chegou a 54,7%.

Fornecidos pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), os números referentes à frota de veículos mostram que o estoque da região em fevereiro deste ano era 3,8% superior ao estoque de fevereiro de 2024.

Análise

“Através dos principais indicadores econômicos atualizados até o momento, nota-se um desempenho econômico favorável no Sul do Estado. No entanto, o cenário econômico do Brasil em 2025 apresenta desafios relevantes”, ressalta o economista Leonardo Alonso Rodrigues.

“Juros elevados, pressões inflacionárias persistentes e incertezas fiscais são fatores que podem impactar diretamente a dinâmica da atividade econômica ao longo do ano”, acrescenta o também economista Alison Fiuza.

Fonte: Deize Felisberto/Comunicação Acic

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