DIA DO TRABALHO?

Ontem o mundo parou para comemorar o dia do trabalho. Não é feriado em grande parte das nações, mas naquelas em que se promove a festa do trabalhador acontecem concentrações, festejos e muita comida e bebida, no sentido de reconhecer a importância da mão de obra ou do trabalho como um dos fatores de produção, na composição das riquezas do mundo.

Desde a modernização dos sistemas de produção, quando o mundo iniciou o processo chamado de mecanização principalmente na indústria, com a tecnologia imprimindo velocidade cada vez maior à máquina, vem se tentando substituir a mão de obra ou o trabalho humano, gerando um grande conflito entre o Kapital, que detém o controle do sistema produtivo e o próprio trabalho, representado pelos organismos representativos do trabalhador, como sindicatos, ou mesmo os governos, que passaram a adotar políticas e Leis de proteção e defesa dos interesses do fator humano, na matriz de formação do produto.

Apesar dos grandes esforços do sistema produtivo na busca de diminuição da dependência do trabalho humano e dos avanços da tecnologia na substituição do homem, possivelmente não será possível a completa separação entre o fator trabalho e o fator Kapital, uma vez que sempre teremos a presença do ser humano por trás do funcionamento dos cada dia mais complexos sistemas de produção, ou seja, mesmo com os grandes avanços tecnológicos e a chegada das IAs (inteligência artificial) sempre será o homem a colocar em marcha as máquinas, sejam elas “inteligentes” ou não.

Vimos, neste ano, um 1o de maio sem muito entusiasmo mundo afora, com algumas reivindicações de maior proteção ou melhor valorização do trabalho, sendo o foco da maioria das concentrações, porém parece haver consciência entre os próprios trabalhadores que não há muito o que comemorar nem mais tanto o que reivindicar, uma vez que as margens para se alcançar vantagens diante da atual conjuntura macroeconômica global estão cada vez mais estreitas e difíceis, ou seja, melhor assegurar o atual status, doque tentar avançar colocando em risco o que se tem.

Pra concluir, as relações Kapital x Trabalho parecem estar ficando cada vez mais complexas e difíceis, diante de um mundo cada dia mais exigente no que diz respeito aos direitos individuais, contribuindo para que os direitos coletivos se tornem mais conflitantes.

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