Sabrina Minatto – @sabrinazminatto @verdadenews2025 – 48) 9 9918-5049
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Coluna 03: 22/05/25
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Feiras, Crise e Responsabilidade: Para Quem se Faz Política em Criciúma?
Regulamentação de Feiras e Eventos: Desenvolvimento com Diálogo Está em tramitação na Câmara Municipal de Criciúma o Projeto de Lei PE 17/2025, que propõe a regulamentação de feiras e eventos no município, com o objetivo de movimentar a economia local. A proposta tem mérito, mas precisa ser analisada com responsabilidade especialmente neste momento em que enfrentamos uma grave crise econômica.
Concorrência com o comércio local: A realização de feiras pode gerar concorrência desleal com o comércio formalmente estabelecido, especialmente em setores como calçados, confecções, louças, eletrônicos, brinquedos, automóveis, entre outros. Empresários locais enfrentam altos custos com tributos, encargos trabalhistas, aluguel e manutenção de equipes, e não podem competir em igualdade com expositores temporários que, muitas vezes, estão isentos dessas exigências.
Vale refletir: será que os comerciantes de Criciúma conseguem se sustentar diante da realização de até seis feiras por ano ou seja, 180 dias de concorrência direta, intensa e, muitas vezes, desigual?
Participação e segurança jurídica são essenciais: É indispensável que os comerciantes locais e a sociedade civil sejam ouvidos. A construção de uma regulamentação justa exige audiências públicas e consultas abertas com todos os setores impactados, garantindo equilíbrio, transparência e respeito às diferentes realidades econômicas da cidade. Além disso, o projeto precisa ser juridicamente reinterpretado, evitando-se, assim, artigos dúbios ou de clareza questionável, que possam gerar brechas para interpretações equivocadas, insegurança jurídica e, consequentemente, prejuízos para os comerciantes e para a cidade.
Planejar para não prejudicar: Embora o Projeto de Lei PE 17/2025 tenha potencial para impulsionar a economia de Criciúma, sua implementação precisa ser cuidadosamente planejada. Em tempos de crise, o desenvolvimento só será verdadeiro se for construído com diálogo, inclusão e responsabilidade.
Responsabilidade política: Cabe aos vereadores, eleitos pelo povo, a responsabilidade de aprovar ou não esse projeto. Que façam isso com consciência, transparência e ouvindo quem será diretamente impactado. Afinal, quatro anos passam rápido e o povo, hoje, não tem mais memória curta.
O que realmente importa:
Infelizmente, o cenário político parece cada vez mais focado em acordos de bastidores do que no que realmente importa: um governo eficiente, transparente e comprometido com as necessidades do cidadão criciumense. É hora de inverter prioridades e lembrar que política se faz para as pessoas e não apenas para manter jogos de poder.
Diálogo aberto: Hoje, dia 22 de maio, o prefeito Vagner Espindola irá atender a CDL de Criciúma para tratar desse tema tão sensível. Esperamos que desse encontro saia uma decisão equilibrada, justa e que atenda de forma igualitária tanto os interesses do comércio local quanto o desenvolvimento da cidade.
Foto: Câmara de vereadores de Cricúma.