Semana passada, conversamos sobre a importância da criação da Cultura Empreendedora nas organizações, em que, por meio da criação de novos produtos e serviços, esta inovação advinda de ações empreendedoras de colaboradores, seja, simultaneamente, capaz de estimular o motor da economia, multiplicar riqueza e ajudar a criar o futuro.

Conforme pedido dos leitores, hoje seguiremos nesta linha, apresentando uma breve visão sobre a maneira como o processo empreendedor, ou o Empreendedorismo, na verdade, diz respeito a uma revolução necessária, não apenas para as empresas, mas para a sociedade.

De forma simples, vivemos em um mundo onde a única constante é a mudança. Em meio a tantas inovações que mudam radicalmente a forma como as coisas são feitas, substituindo ou desafiando as tecnologias e processos existentes, denominadas de Tecnologias Disruptivas, faz com que em poucos meses, mercados se transformem e, do dia para a noite, modelos de negócios que eram sólidos podem virar obsoletos antes do próximo café.

Vinte anos, para nós, enquanto pessoas, talvez sejam muito tempo. Mas, para uma sociedade, não é nada. Vejamos, pois, em duas décadas, o que deixou de existir: Lojas de aluguel de DVDs, Lojas de fotografia, Lojas de discos, Mídia impressa (jornais e revistas), Datilógrafos, Fabricantes de máquinas de escrever, dentre outros.

Nesse cenário, criar nas organizações uma cultura de inovação e, assim, torná-la empreendedora deixou de ser um luxo para se tornar uma questão de sobrevivência – e é justamente aí que o empreendedorismo surge como a força propulsora dessa revolução na sociedade.
Logo, empreendedor, mais do que criar empresas, é cultivar uma mentalidade inquieta, ser capaz de enxergar problemas como oportunidades e desafios como trampolins.
Não se trata apenas de lançar produtos no mercado, mas de reinventar formas de servir, conectar e agregar valor à sociedade. Empresas que entendem isso não só resistem às tempestades do mercado, mas se tornam faróis de progresso – gerando empregos, impulsionando economias e, acima de tudo, melhorando a vida das pessoas, da sociedade, por meio da criação de produtos e serviços que alimentam, vestem, protegem, cuidam, salvam, divertem, enfim, o empreendedor serve à sociedade.
Se antes o empreendedor era visto como um sonhador solitário, hoje ele é o arquiteto do novo mundo – aquele que une criatividade, resiliência e visão para construir o amanhã. E esse amanhã começa agora, com uma pergunta simples: como podemos, cada um de nós, abraçar essa cultura de inovação para escrever a próxima página da história?
Como conversamos desde a nossa primeira coluna, o termo empreendedorismo serve tanto para designar aquele que abre um negócio próprio e/ou trabalha para alguém. Em ambos os casos, para ser um bom empreendedor, é necessário ter a chamada atitude empreendedora, que, de maneira simples, engloba:

1. Mentalidade de Dono (Ownership).
Não basta ter um líder visionário – todos na organização devem agir como empreendedores, assumindo responsabilidade pelos resultados e buscando soluções criativas. Isso significa encorajar a autonomia e a tomada de decisão em todos os níveis, premiar iniciativas (mesmo que falhem, desde que tragam aprendizado) e eliminar a burocracia que sufoca a inovação.

2. Inovação Contínua como Hábito.
A cultura empreendedora não é um projeto pontual, mas um processo constante de experimentação. Isso inclui destinar recursos (tempo, orçamento) para testes e protótipos, criar espaços seguros para falhas (como “laboratórios de inovação”) e observar/analisar tendências de mercado e de clientes para tomar melhores decisões e/ou, quando necessário, para pivotar rápido.

3. Colaboração com Ecossistemas Externos.
Nenhuma empresa inova sozinha. É preciso criar parcerias com startups, universidades e até concorrentes (coopetição), fazer abertura a ideias de fora (via hackathons, programas de inovação aberta), estabelecer conexão com políticas públicas e incentivos ao empreendedorismo.
Em síntese, cultura empreendedora forte não é sobre tamanho, mas sobre agilidade – desde multinacionais até pequenas empresas locais. O que importa é a atitude de transformar ameaças em oportunidades. E, ser ágil e assertivo, é ser empreendedor.

Neste sentido, a cultura empreendedora é uma parte integrante do processo de empreendedorismo, que, por sua vez, é a revolução da sociedade, gerando empregos, arrecadando tributos, criando produtos e serviços, melhorando a vida coletiva.
Entre em contato e sugira um tema, dê sua opinião.
Até semana que vem.
Dr. Rafael Glavam
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@rafaelglavam