
Em nossa coluna de estreia aqui no Portal Verdade News, conversamos sobre o Empreendedor e o Intraempreendedor (Empreendedor Corporativo).
Nele, vimos que o ato de empreender não diz respeito apenas à abertura de uma empresa, mas remete ao profissional detentor de um perfil inovador, que tenha uma excelente postura profissional, melhore processos, crie produtos, proponha soluções, atenda bem o cliente, enfim, traga resultados para as atividades da organização e, também, saiba lidar com as pessoas.
E que, quando faz isso sendo o proprietário, é chamado de Empreendedor e, quando usa esta mesma vontade de fazer melhor, enquanto empregado, é denominado de Intraempreendedor ou Empreendedor Corporativo.
Logo, as características empreendedoras não são apenas úteis para quem deseja abrir um negócio, mas também para profissionais que buscam se destacar no mercado de trabalho, pois elas auxiliam a enfrentar incertezas, aproveitar oportunidades e criar valor, seja em um empreendimento próprio ou dentro de uma organização.
Gostaria de agradecer aos elogios e sugestões enviados pelos contatos do Portal Verdade News e pelos meus particulares. Caso você não tenha lido, segue o link para este primeiro artigo: https://portalverdadenews.com/teste-coluna-empreendedorismo-por-rafael-glavam-empreendedor-e-empreendedor-corporativo-intraempreendedor/
O segundo artigo, o qual, da mesma forma, agradeço a interação, tratou de descrever, de forma sucinta, tendo como base uma analogia com o Programa 5 S, quais seriam as características essenciais para que um empreendedor seja considerado vencedor, em que sugeri os Seis (6) S´s do empreendedor (Sangue, Suor, Saliva, Sentido, Sabedoria e Sinergia).

Para ler este artigo, acesse https://www.portalverdadenews.com/os-seis-6-ss-do-empreendedor/
Em relação à coluna de hoje, sua motivação diz respeito a alguns leitores que entraram em contato para elogiar os dois primeiros artigos, destacando como o conteúdo trouxe clareza sobre conceitos como empreendedorismo, intraempreendedor, postura profissional, dentre outros, citando, inclusive, que os exemplos práticos e a linguagem acessível em muito ajudaram a entender como colaboradores podem agir como empreendedores dentro de empresas já estabelecidas.
Com base nesse aprendizado inicial, estes demonstraram grande interesse em aprofundar seu conhecimento indagando “Qual é, de fato, a importância estratégica do empreendedor corporativo (intraempreendedor) para as organizações no cenário atual?”
Estes leitores ressaltaram que, embora os dois primeiros textos tenham abordado definições e gerado insights inspiradores, agora desejam compreender como esse perfil pode contribuir para a competitividade e a adaptação das empresas em mercados dinâmicos.
Uma pergunta em específico, muito bem elaborada por um dos leitores, foi que “se o empreendedor corporativo é visto apenas como um agente de inovação ou se seu papel vai além — impactando cultura organizacional, retenção de talentos e até a sustentabilidade dos negócios”.
Vamos para as considerações:
De inicio, usamos Einstein:

Pesquisas indicam que os colaboradores inseridos em processos rotineiros e burocráticos tendem a ser menos inovadores. Vivemos em uma era em que os produtos e serviços tornam-se obsoletos em um curto espaço de tempo, o que torna a busca pela constante renovação e reinvenção de produtos, processos e serviços, fator crucial para o sucesso das empresas, o que, de forma ampla, chamamos de inovação.
Na Era Industrial, o foco das indústrias era o dinheiro. Já na atual era que se encontra a sociedade contemporânea, a do conhecimento, as pessoas não são vistas mais como máquinas, e sim como criadoras e multiplicadoras do conhecimento, ou seja, o valor é gerado pela “inovação”, o conjunto de técnicas e práticas que são aplicadas no ambiente de trabalho.
Assim, para se ter melhores processos, mais ideias e melhores resultados, é essencial criar condições nas organizações de apoio às iniciativas de inovação e ao empreendedorismo, resultando na prática do empreendedorismo corporativo.
O valor na economia atual é advindo da produtividade e da “inovação” dos colaboradores.
Por exemplo, inúmeros produtos e serviços a que temos acesso não foram criados e/ou sugeridos por empresas de consultoria, identificadas em pesquisas refinadas de mercado e percebidas pelos departamentos de Pesquisa e Inovação (P&D), mas, no dia a dia, pelo colaborador que tem contato com o cliente, pelo time de vendas, de atendimento, pelo operário na linha de produção, pelo time comercial, em várias partes da organização.
Como exemplo, do Gmail que você usa, ao Playstation, passando por algumas das funcionalidades do Facebook, ao Mc Lanche Feliz, todos estes foram criados por colaboradores que não estavam na linha de frente da área de inovação, mas, sim, executavam e ou faziam parte de um processo e que enxergavam a necessidade de melhorar.
Poderiam ser citados também os famosos Post-Its da 3M, mas, neste momento, você não pode ler este artigo, já que está maratonando no Amazon Prime. Mas, saiba que foi um colaborador da Amazon que identificou essa possibilidade de negócio e levou até a diretoria que acolheu a ideia.
Veja o quanto é necessário que ambas as partes, a cultura da empresa e sua gestão, saibam estimular e acolher, com método, as ideias que são sugeridas pelos colaboradores.
Esses são apenas alguns exemplos.
Assim, o Intraempreendedorismo ou Empreendedor Corporativo é a chave não apenas para motivar e atrair a mão de obra, cada vez mais escassa e exigente, mas como motor chave para a inovação em tempos atuais de elevada concorrência, pois é a forma de criar novos negócios, produtos, serviços e processos por meio do estímulo à atitude proativa dos colaboradores.
Neste sentido, aplicar o intraempreendedorismo consiste em demonstrar aos funcionários que eles possuem a capacidade de domínio e a habilidade de inovar, agindo positivamente na cultura e no clima da organização, resultando em esforços produtivos, gerando comprometimento, responsabilidade e na satisfação dos colaboradores que efetivamente contribui para o crescimento.
Até a próxima coluna.