O índice de inflação do Brasil nos últimos meses vem assustando a todos, governo, instituições financeiras, entidades empresariais e principalmente consumidores, que começam a sentir que o dinheiro está ficando cada vez mais curto a cada vez que vai ao supermercado.
São trinta anos do Plano Real, que desde 1995 estabilizou a nossa moeda e, de lá pra cá, o indice de inflacão vem se comportando mensalmente em média abaixo de 0,5%, mas neste inicio de 2025, antes do trigésimo aniversário do REAL em junho, esse indice está apresentando um comportamento atípico de viés altista, chegando a ultrapassar o dobro da média, o que acendeu os sinais de alerta, principamnete no âmbito dos ministérios da economia do governo federal.
Alguns produtos logo foram citados como grandes culpados e o ovo eleito como o principal vilão. Precisamos entender que aumentos esporádicos de preços de alguns produtos cuja produção apresenta sazonalidade de safra ou clima, não caracterizam processo inflacionário, uma vez que passado o efeito sazonal o preço tende a voltar ao nivel anterior, ou seja, um processo inflacionário se caracteriza por uma tendência generalizada de alta dos preços da maioria dos produtos, indenpendente de sua oferta. No atual momento da economia brasileira, a alta de alguns preços, principalmente nos grupos de produtos alimentícios, tem haver com alguns fatores não generalizados, não oferecendo riscos para uma aspiral inflacionária duradoura. Isso quer dizer que não há riscos da volta de um porocesso inflacionário permanente, quando aumentos de preços se auto alimentam, gerando as chamadas aspirais inflacionárias.
Por outro lado, porém, o Brasil está entrando numa perigosa zona de pleno emprego, momento em que a oferta de trabalho supera a procura, pressionando os salários para cima, fazendo a renda e a capacidade de compra crescer, gerando pressão sobre os preços e consequentemente inflação, o que de fato, precisa de atenção e monitoramento dos órgãos governamentais.