Como definir corretamente o termo Empreendedorismo?
Inicialmente, é uma grande satisfação ter você aqui na Coluna Empreendedorismo.
Tod quinta-feira iremos, de forma simples e prática, conversar sobre o assunto e entender suas interfaces com as demais áreas do conhecimento, identificando qual o efeito do empreendedorismo nas pessoas, nas empresas, nos governos, na sociedade como um todo.
Para hoje, em nossa estreia, vamos tentar elucidar a questão acerca de como definir corretamente o termo Empreendedorismo!
Algumas questões nos vêm à mente, como, por exemplo:
1 – Será que o empreendedorismo diz respeito ao fato de “apenas” abrir uma nova empresa?
2 – Os termos Intraempreendedorismo e Empreendedor Corporativo são a mesma coisa?
3- Posso ser um (uma) empreendedor (a) sem, necessariamente, abrir um novo negócio?
Neste sentido, indago ao caro(a) leitor(a) se o profissional detentor de um perfil inovador e que melhore processos, crie produtos e traga resultados para uma organização em que trabalhe para alguém, sem, todavia, ser o seu proprietário, seria, de fato, menos empreendedor(a) do que aquele que abre um negócio, sendo, portanto, o dono e empreendedor(a), mesmo que, em suas práticas, nada melhore e/ou inove nos produtos e serviços e, porventura, leve negócios à falência?
Já podemos entender até aqui que o empreendedor é quem pensa e age em fazer algo melhor, busca inovar constantemente, estando relacionado à melhoria contínua.
Neste sentido, voltando à primeira pergunta sobre o que é ser empreendedor, esta questão vai além de ser ou não o dono, o conceito em si se refere a um perfil, a um conjunto de atitudes e características frente ao método de trabalho, ao tipo de comportamento em que a pessoa enxerga oportunidades que ninguém viu até o momento e que sabe colocar novos planos em prática, remetendo também à organização, gestão e liderança.
Em relação à segunda pergunta, referente aos termos Intraempreendedorismo e Empreendedor Corporativo, sim, estes são sinônimos, termos que se referem à mesma ideia, que diz respeito à atitude de buscar ser melhor diariamente, de melhorar processos, atender melhor o cliente, trabalhar bem e querer resolver problemas, entretanto, fazendo isso dentro de uma empresa em que trabalha, ou seja, sem ser o dono.
Isto acaba por responder à terceira pergunta que indagava se é possível ser um (uma) empreendedor (a) sem, necessariamente, abrir um novo negócio?
Logo, a resposta também é sim!
Pois, se você pensa e age, de forma constante, em melhorar processos, criar e melhorar produtos e serviços, evoluir pessoalmente e coletivamente, resolvendo e prevendo problemas, sempre com foco no cliente, possuindo, portanto, características e atitudes empreendedoras, você é um intraempreendedor ou empreendedor corporativo, logo, um empreendedor, apenas está trabalhando para alguém!
Vamos deixar claro!
Assim, aquele profissional que possui características empreendedoras e abre o seu próprio negócio, vira um Empreendedor, com E, ao passo que quem usa a mesma garra e características, trabalhando para alguém, ou seja,Internamente na empresa de outra pessoa, é um Intraempreendedor, com I, ou, também, empreendedor corporativo.
Aposto que com essa dica, você nunca mais vai esquecer ou confundir. Todos precisamos ter características e atitudes empreendedoras.
Se você faz isso sendo o dono, tendo uma Empresa, é Empreendedor,já se você é funcionário, faz isso para outra pessoa, é Intraempreendedor, pois faz isso de forma Interna, na empresa de outra pessoa.
Logo, as características empreendedoras não são apenas úteis para quem deseja abrir um negócio, mas também para profissionais que buscam se destacar no mercado de trabalho, pois elas auxiliam a enfrentar incertezas, aproveitar oportunidades e criar valor, seja em um empreendimento próprio ou dentro de uma organização.
E, de forma prática, como isso acontece na vida cotidiana, de que forma estes assuntos estão conectados e qual o efeito na minha vida e ou da sociedade?
Vamos imaginar o criador da lâmpada elétrica, Thomas Edison! A história nos relata que a sua figura criadora criou mais de 100 inventos, sendo que, em grande parte de sua vida, seu trabalho e sua empresa foram financiados e sustentados por outras empresas, ou seja, havia mecenas, conglomerados financeiros, bancos, enfim, corporações que o bancavam financeiramente, o que nos leva a dizer que Thomas Edison, mesmo que tenha sido um Empreendedor com E (dono de empresa), trabalhava para outras pessoas e donos, sendo, ao mesmo tempo, um Intraempreendedor, com I.
Da mesma forma, falando da nossa história, fontes primárias mais modernas revelam que, para a chegada dos portugueses na América do Sul e no Brasil, os Empreendedores com E (comandantes, navegadores e tripulação), para que aqui chegassem, precisavam de financiamento para compra e ou reforma dos equipamentos (naus, fragatas), aquisição de suprimentos e demais recursos para a viagem, indo buscar patrocínio junto às cortes da península ibérica, ora Portugal, ora Espanha.
Em síntese, Cristóvão Colombo e Pedro Álvares Cabral eram empreendedores e, ao mesmo tempo, intraempreendedores, pois trabalhavam para alguém.
Conseguimos esclarecer esta dúvida comum acerca do Empreendedorismo?
E você, é Empreendedor ou Intraempreendedor? Escreva, interaja, dê sua opinião, conte sua história.
E, espero que, não importa qual destes você seja, que execute sua profissão com garra, tendo características e atitudes empreendedoras.
Eu? Sou os dois! E, sempre me ajudou ter esta visão dupla, pois os dois perfis se complementam.
Afinal, conforme vimos, Empreender é ter postura e ação, seja você o dono ou outra pessoa!