Enio Coan Economia para todos
Nessa primeira oportunidade no VERDADE NEWS quero dizer que é um prazer estar fazendo parte desse novo projeto de informação, principalmente porque nos dias atuais há desafios à frente de quem trabalha para levar a notícia aos que a buscam; O maior deles é a concorrência com os exploradores das más notícias, além dos que transformam fatos em boatos ou mesmo criam boatos / fakes, visando tirar proveito dos menos esclarecidos.
E para que não haja desconfiança neste sentido quero primeiro me apresentar.
Sou Enio Coan, Economista graduado pela Universidade Federal do Paraná em Curitiba, Especialização em Economia Industrial pela Universidade Federal de Santa Catarina e Mestrado (Teórica) em Educação pela Universidade de Jaen (Espanha).
Neste nosso primeiro encontro quero abordar uma questão que nos últimos dias vem tomando espaço nos principais canais da grande imprensa do brasil. Trata-se das medidas protecionistas do presidente Donald Trump dos Estados Unidos, com sua política de taxação sobre produtos exportados para o seu país pelos principais parceiros comerciais americanos ao redor do mundo.
Trump significa <trombeta> e ele faz jus as qualidades de um trombeteiro, fazendo muito barulho, tentando mostrar que chegou e que pode muito mais na cadeira do presidente da maior nação do mundo.
Apesar de seu potencial empreendedor empresarial, politicamente tem demonstrado pouca habilidade, ao tentar impor suas ideias ou vontades muito mais pela força do que pela liderança que a ocupação da principal cadeira da Casa Branca exige. Ele tem tomado medidas isolacionistas e unilaterais, maneiras pouco recomendadas para governantes voltados à busca de cooperação recíproca, de estadistas preparados para o ambiente globalizado dos nossos dias.
Os Estados Unidos podem sim, pela sua hegemonia e protagonismo, tanto político quanto econômico, exercer pressão sobre qualquer circunstância em debate, porém jamais impor mudanças de regras geralmente definidas em longas negociações e pautadas em recíprocos interesses, alcançados em acordos bi ou multilaterais, que não podem ser modificados por um “canetaço”.
Se Trump decide defender os Estados Unidos para os americanos, do outro lado sempre haverá quem está defendendo os interesses do outro, sendo esses interesses também significativos e soberanos. Trump precisa entender que não está negociando contratos com fornecedores de suas organizações empresariais, mas pautas de trocas bilaterais com nações cujos interesses se completam a partir da observância das necessidades inversas, ou seja, os Estados Unidos compram porque tem deficiência de oferta interna e o país fornecedor vende porque tem sobra e vice-versa, quer dizer, o comercio entre nações é uma via de mão dupla, se ele quer tirar vantagem vai acabar ficando sozinho.